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Mostrando postagens de 2008

Tic Tac...

Tic tac, Tic tac... Bate o relógio segue como um praxe. Não sabe, ou não sabia, que era irrisório. Pecado era estaticidade, estudar nesta vaidade, para que essa fidelidade? Livros, cadernos, compassos para o disparo do presente inanimado, e regresso do pretérito perfeito. Recai o passado. Me falta facilidade com letras. Assim tentaria escrever a possível felicidade, mas não sou sensato, me caem cálculos a serem resolvidos... exigência na minha idade? Se tiver a resposta, me responda. As férias estão próximas... talvez venha a redenção. Ah cambio idealista! Sobre seu tato realista, me recairá suas rimas! E meses depois? recairá o futuro do indicativo, sina que não se dispôs. Me falta forças, para que eu continue, o poema. Venha a derradeira vontade! para que estude os desatinados temas. Tic tac, tic tac... ponteiros que brandiram uma outra vez. E o dilúvio tomou-o desta vez. Tic tac, tic tac... se acalmou, estudou e agora se calou.

Sopro de uma cigarrilha

Bela é a fragmentação invidual, despida do peso corporal; uma massa descarregada pelo sopro de uma cigarrilha. Lá se foi a fumaça, permanece a graça, tudo se enaltece. Ah personalidade ambígua! Meu eu - lírico destoado! Foi-se junto com o vento, louvada seja minha partida. Relvada seja minha instância, esverdeada, amaciada por um grandioso solo, campo do Ribeirão Consolo, que acompanha a margem do entardecer avermelhado, veias, artérias... és uma viagem. Meandros que bombeiam pensamentos! Á margem a esquerda e a margem direita, e lá no fundo um fazendeiro, que se despede com sua cigarrilha! E destaca-se o entardecer avermelhado!

Abominável paradigma da artordoante e agustiante coisa

Estresse, abominável paradigma da atordoante e angustiante coisa que nos fustiga. Quando perece nos extravasa num estrondo como num raio que brada em todo seu entorno, em nosso contorno e em meros alheiooooossssssss. Que eles se fodam! Que não sejam parentes, amigos, ficantes! E adiante? Escutem mas não se magoem, se responderem virá o reforço altivo para os que destoem! Calúniaa, difamaçãoo, me lixo como pensam. Ah dilúvio que me acalma, e que os embaraçam, que se calem! Que se pasmem! Fisguem meu putrificado sermão, minha fogosa reviravolta que estava em antemão. Jocosa é a paciência que não me verão em mãos, sentimentalismo me causa divergência e arrepio. Não me dilua em qualquer variante, por favor! Supérfluas e mirabolantes são suas palavras, não há máscaras, e nem pó de beleza, nem maquiagem para o seu rosto, feia é a sua sua relutância em se explicar,’ e os inocentarem, os moribundos e os iracundos que se danem! e repito: Se Danem, se calem, se pasmem e fisguem meu esterco! Exat

Noite profana

(quadro A Noite Estrelada de Van Gogh) Assis-toi! bocejou o garçom do bar, não sabia o francês, pois tudo está na eloqüência e pormenores "fantasiosos", facilmente complacente por minhas têmporas ébrias num aconchegante convés. Tripulação? Faltam Dolores e Miraflores, não há espaço para sentimentos e odores, apenas para oradores do anseio e da liberdade. Fala-se de tudo e de todos, em política e em bolsa de valores, no trabalho e no escritório, nas namoradas e nos amores, nos anseios e nos desejos, nas festas e nos fervores... tal como também o novo argumento de Joana, que transpareceu singelo e singular como sua face afana. Doravante muitos se calam e se olham, não por muito tempo; talvez segundos ou poucos minutos, rostos diminutos... que contemplam os trausentes ou o luar. Depois de um torpor minguante voltamos a nos falar. Fixados na escuridão que antecedem os raios da Aurora, dama inquisidora dos Vampiros, rendidos pela debilitação noturna. A redenção se liga ao clareame

Minhas Gerais

Passageira infância em Minas Gerais, era um adejo de umas férias de verão, untada de carismas e imaginação, numa fonte de abundâncias sentimentais. Era infante e por vinha de um estado interior, de pequenas vilas e de situações montantes, numa diversidade que de tão rasa e íngreme, esperava-se sempre o melhor desejo em penhor. Caminhando em meros paralelepípedos até um recinto esverdeado e abandonado, consentia-me em apreciar os saltos de pequenos seixos que eu relutava a disparar, todavia afundava no pequeno lago adocicado, e continuava sentado e apreciando. Até que um senhor chegava e me notava, em sua envelhecida bicicleta, me perguntava sobre minha volta, e porque sempre teimava naquela pequena revolta. Um genuíno contraceno de viagem, sentindo pequenas causas interditas, insisti em pensar em coisas tão sonhadas, sempre os alheios me fizeram sondagens. Não culpo aquele senhor, sempre fez seu papel de bom familiar, não se cabe a isto mensurar, e dou adeus com um forte ardor. Hoje vo

Era o que o sol mantinha

Logrei em entregar a maça, para a sensata menina, que percebera meu tendencioso afã, sentados na serra que o sol ainda mantinha. O crepúsculo rosado nos transfigurou numa enfática comoção e estranhamente nos pendurou. Nosso ar era fatigante como se a beleza de tal lugar, fosse algo que debilitasse o nosso sonhar. Contudo o mundo era estático, não houve ousadias e interpretações, nossos olhos eram fronteiriços e pasmados. Contemplávamos uma única direção; o fundo do vale e o seu riacho de face azulada, como um verdadeiro borrão. Eramos pintados numa falsa situação, numa receita afunilada. Quando me dispus a falar, ela resolveu se movimentar. Seu braço já levava meu fruto até seus lábios e mastigava-o, E me escutava transmitindo sua fome... Tudo parecia habitual e infame. Amedrontado que o sol se parta, calei-me e agora a contemplava, sua resposta foi um tanto que imediata. Nossos olhos já eram reluzentes e negavam ser pendentes ao futuro que se dizia ser completamente absoluto.

Meu choro, minha garoa.

Um abraço ao medo, uma tal mixagem de receio e vertigem, pensou o sonhador a beira do mirante. Não sabe o porquê da idealização desta quimera, prevalecendo o forte tom desta clave de fá, grave, severa, nostalgiante e preocupante; Tudo o que temo, escuto melodicamente ! "A verdadeira felicidade é a compartilhada", insistiu consigo e ao mesmo tempo quis teimar. O tempo tépido, ventoso e nublado me enlaça na eterna da compaixão e no contento de alguns sons à distância, tal como pássaros que ecoavam como bem-te-vis! E como gostaria de querer enxergar um pouco mais! Vendado, parado, como se fosse um apreciador da natureza. Todavia eu temo, e me inquieto; de esquecer-se de como era o sereno, da fogosa garoa e do breve luar que começa a aparecer, não quero desvanecer. Meu júbilo é compartilhar essas imagens e no apalpamento de pequenas herbáceas. O aspecto natural, caracterizado como as mãos dadas de pessoas enamoradas, assim eu carrego meu próprio mundo e meu complemento. Essa p

La Carte

Um simples descarte, uma cuspidela acompanhada de um valete de ouros, um respaldo a conjectura noturna, um cavalheirismo um tanto que mundano como podemos dizer, um despojo de uma convivência social, apoderando-se às vezes do lixo. Todavia este simples raciocínio é apenas uma pilhéria, um blefe amical... Meu deus como sua mão entoa com o lixo e a minha acaba por comprar, contradizendo com seus prazeres de uma mão cheia, sendo assim meu descarte uma troca, enquanto que tu se apoderas de mais figuras carismáticas; mas não me queixo, a sua mudança de estratégia pode me transmutar completamente, é daí que vem o meu riso e sua queixa. Basta lembrar, que tudo citado, pode ser em dupla, cada um defronte ao seu par, supondo o seu entendimento e a sua união matrimonial. Não considero isso tudo como um verdadeiro buraco, e sim corpos que burlam e manejam o espaço, colocando cartelas em seu devido lugar. Oh meu caro... Porque essa aflição pelo morto? ! Seus dedos sustentam uma tal leveza que prop

Camburi

Estava sentado na varanda de meu apartamento com um livro em mãos, aproveitando esta vida mansa nesta desejadas férias, porém o sol não estava em meu favor... era umas três e meia da tarde, um tempo meio que de inverno, me causou até estranhezas por ser Vitória, raramente me lembro de tempos amenos como este, e me faltava, como tal, uma simples luminária. Resolvi ir a praia com as paginas em mãos. Resignava em lembrar como lá ventada, e isto incomodava e bastante, um vento úmido e um pouco frívolo fazendo um paradoxo com os raios solares - o céu estava limpo, extremamente azul, todavia como foi dito nada que seja extremado com ardor, muito longe disso. Numa pausa reparei como tudo aquilo era feio; obras desnecessárias beiravam o limiar da praia e que eram bem tocantes nos quesitos de contemplar e tal como no outro lado da bahia uma industria dava para se enxergar, e era visível como suas chaminés gotejavam de fumaça e as cuspiam para o céu, pena que seus pulmões carecem de degenerações

Lobo

Oi, disse ao lobo, estava de esquina para uma rua movimentada, estranhei de principio, pois imaginei que fosse um cão. A cada passo a frente este animal punha uma pata avançando, e tinha um olhar carismático e o observava de uma forma concentrada, não achava isso taciturno, pois estava acostumado às mais estranhezas noturnas, pensava que fosse efeitos de uma noite distante, e agora devia estar num aspecto de afogo delirante; enxergando um lobo no meio da cidade numa madrugada. O animal, de uma pelagem escura como noite e olhos mel como a lua, representava uma imagem enigmática noturna de como ela poderia ser, ele se mantinha calmo e preservava uma distancia e me seguia à sombra da lua, não fazia barulho e muito menos movimentos bruscos. Resolvi continuar a caminhar, percebi que sua imagem não era muito nítida, tinha uma sensibilidade incrível à claridade, desaparecia sem nenhum chamego, e as escuras se transpunha seus lóbulos oculares alaranjados. Pensei em ignorar tudo aquilo e contin

CO2

Presenciei o meu estado cruzando as pernas e apoiando minhas mãos sobre elas, minha postura apontada para o céu como um para raio à busca de luzes, sobre minha nuca, parte delas são refletidas e outras absorvidas como calor, a penetração destas sempre hão de aquecer a minha respiração, com isto abraço o inanimado e minha consciência, resvalando o meu ego, como um cego que se alegra em tocar. Os feixes refletidos levam consigo minha parte putrificada, descarrega meu choro, meu desprazer, meu incomodo do dia- à –dia, assim envolto sempre num carpete mágico evitando que o frio me atinja. Dizem que o mundo sempre foi de ser gélido, porém não é isso que sinto e sim um calor em demasia. A geografia pode se aplicar a isso, como a corrente do golfo que enlaça o atlântico sul e faz seu caminho até o norte transmutando o toque quente para o denso frio, desprendendo calor e bombeando sua vermelhidão para nosso pequeno planeta, isso pode ser considerado como um coração global; o seu infarto congel

Não sei o que é seleto

Hoje me aconteceu algo que me fez refletir um pouco, fato que deixariam muitos frustrados, porém me deixou entusiasmado pelo ato; olhar de um certo jeito como nunca olhei. Você sempre acaba ofuscando algumas coisas, não notando, e acaba não preservando e aproveitando, muitas vezes aquilo se passa e você nem percebeu ou nem se quer lembrou que alguma coisa aconteceu. Encenar, acho que isso que não vale a pena, o mais engraçado que falei um tanto que não significou nada, nada para quem leia, como se eu enchesse palavras e mais palavras e não levasse se quer uma pequena compreensão ou algo de entusiasmaste. Porém são assim as coisas que são tocadas, vistas, conversadas a gosto variado, muitas vezes até esquecidas. Eu sempre pensei que nosso cérebro fosse sempre seleto, relatando o que foi mais significativo podendo ser uma coisa benéfica ou não, tão significativo que não pode ser lembrada por outra pessoa com o passar do tempo. Tudo é relativo, nem sempre me lembro de gestos que acontecer

Rochas

Paralelepípedo, identificado do pelo aspecto urbano, ríspido e pouco calorífico, não tanto como seu vizinho asfalto. Se nega ter um formato específico, contudo sempre foi de ser um tetraedro. Simples como a rima que termina sempre neste CírcO. Mármore, sempre ramificado como uma árvore, nunca transmitido a peça chave, sempre frívolo todavia nos envolta numa tranqüilidade. Ah! Como ele faz um equinócio, e um pouco de riqueza, para nossa liberdade. Se nega ser viscoso e jocoso, sempre poderoso e vitalício, como o vício do convívio. Pedra pomes, sempre foi de ser asco, leviana; sempre flutuando perante a água. Expelido com ardor nunca foi de ser cristalina, e sim como uma rude rocha ígnea. Sua utilidade: Esfolar os pés! Não sei por que todos têm cisma sobre o ouro, a prata sempre foi meu consolo, sempre apóia meu colo e seu entorno me anima na hora do almoço, talheres transmutados em compassos para majestosos. Rochas, para nossas vidas espaçosas, podem não ser pedregulhos que incomodam e

Poema resoluto

Seu pequeno olhar, me pasma em pensar que tu és uma parte de meu ser. seus conhecidos te completam, assim como seus atos me sustentam. Por exemplo, um gesto que te envolta me reflete apenas com suas palavras! É como se vivêssemos numa verdadeira torta, cercados de ingredientes e com recheios de diferentes gostos. Chocolate com amora, e agora porque ficaste? Nosso linguajar é um fato a degustar, não como arremessar ovos podres a quem não gostamos, escolhendo nossa própria receita, não me venha com desfeita. Me entorne numa jarra, como num afogo para quem chore, não me ignore neste rio de fortes correntezas. Há quem assuste ou faça um pequeno ajuste; porém no final sempre há quem deguste. Não sei dizer porque a obscuridade, me conduz numa vaidade; me falta sempre uma espontaneidade. Nestas poucas supresas, fui de tratá-las sem naturalidade, talvez por causas das penumbras em que transitei. Falaste em crepúsculos, apenas olhei para o espaço avermelhado. Nunca gostei desta cor, porque me f

Raizes para as minhas pernas.

Cansaço incompatível, idealismo plausível, Para que se tornar, desejar e acariciara nova realidade, se já tenho certa idade? Não me falta vaidade e sinceridade. Bajulem as pernas, nessa situação terna, mas só para quem caminha e não confina em palavras. Eu, por exemplo, me devoto de ditados e de trabalhos; da boca para esforço, do consolo para vida, disse o servo inusitando sua corvéia, nisso ele tinha plena idéia. Gerir, e ao mesmo tempo se ferir, seria o mesmo que viver, interpelando o gozo, para se maldizer. Meu esforço às vezes me traz um alvoroço, e me enfoca como um descuidadoso, é um embaraço mesclado de positivismo e de negativismo, pois cada ferida há uma cicatriz. É o trabalho arriscado que me fez cair, sou o requerido abismado, ou quem saiba alguém que foi diferenciado; nisso não sou aprendiz e muito menos o verdadeiro caráter que condiz. Um dia folheie um álbum de fotos, lá estava um pequeno ser, que pouco sabia, e poucas coisas conseguia ver, e uma imaginação que haveria d

Cinzeiro

O mundo que penso não existe, posso representá-lo num arrendondado cinzeiro, no entorno de um substrato cinzento que desvanece, dou um sopro perante o confete, sei que não é eterno como um devaneio, minha meditação não acompanha minha respiração. Mais um cigarro, para afogar a desavença de transitar, e procuro fluidos para me parasitar e para me afogar: Vodka, Caipirinha, e Ouzo; que ainda não caíram em desuso, somente para me destilar. Logo após da penumbra várias cores eu volto a enxergar, tudo o que desejava e ditos fluem sem cerimônia, inspirei, pequei e finalmente me situei; num forte regalo entornado numa esfericidade contínua, assim me acalmei, e a ti te abracei, mera insignificância. Tossi, logo após de me enrubescer; reação como gotas de pimenta no paladar, não resisti, consumindo-o logo após de você se enfurecer, não nego um fato modificado. Meu lugar sempre foi irregular, assim como meu porta tabaco, que olho de uma certa maneira de me apaixonar, e a cada minuto me descoro c

João

Seu nome: João da Silva, era apenas um farrapo de esquina, não se queixava de pão e moradia, e nem de sua enfermidade, pois vivia num país de tanta mediocridade, não estudou e nem uma família constituiu, não se queixava da falta de oportunidades e daquela veracidade, não sabia sua idade e nem sobre a sua filiação, não possuía um RG, mas se dizia cidadão, apenas caminhava pela cidade sem razão. "Senhor você teria um real?" Essas eram suas palavras nos apertos, não tinha um leito e muito menos feitos, apenas um travesseiro, devasso e perfurado, apoiando-se em seus sonhos se transfigurava num ser libidinoso, vaidoso carregando consigo um sabonete, mais tarde acordava contemplando seus cascões. Sua vida não relatava de imprevisões, nem de raras situações, mas era alegre e consente, sentava-se todo dia na praça no almoço, e sem nenhum alvoroço se sentia como uma lebre. Perguntou sobre o jogo, cruzeiro perdeu, isso o entristeceu, como isso o baqueava mais que sua febre e sua fome.

Polígonos

Somo feitos de segmentos, para que uma frase tão seleta? A reta é menor distância entre dois pontos, todavia tu forças-me a curvar numa figuração severa. A obliqüidade é composta por traços, retilíneos decerto, basta observar com uma lupa, e com a atenção, o itinerário se torna não-diametral. Gostaria que tu seguisses o menor caminho, sendo que o desgosto tu não o tinhas. Quadrados, arcos, círculos, tetraedros, hexágonos, triangulos, cilindros, esferas, pense na geometria; consegue imaginar a esse credo? Elas se figuram por todas as dimensões, mas a ela eu digo que tu se encontras na primeira, não há dificuldade e complicação, um rabisco sem largura, sem altura, e seus problemas para mim não tem profundidade. Agora me diga em que plano me situo para ti? Estou curioso. Ah como adoro as suas formas, elas tangem meus pensamentos por n-lados. Até a cigana saboreou por ler sua mão, mas que belos traços, ela nos disse! Nisso eu não vejo nenhum fetiche. Por enquanto estamos afastados, como do

Me julgue

_Não sei por que menti ou porque me juntei à devassa, talvez por causa do receio e da presente incoerência. Na hora não senti o acaso, porque foi escasso o arrependimento; acho que é lógico, este baque é provido de terror e o faz sentir como se o fosse, acrescentando que você próprio seria o dono da verdade, uma grande mediocridade. _Afinal, um erro seria tão possível de mudar seus desejos gerando um recuo? Por mais que eu queira mudar algo, tu terias que julgá-lo para fazê-lo transformar. Mas eu o fiz, um sórdido acaso, e agora eu carrego seu chulo descaso. Não peço perdão porque sei que seria em vão, mas ainda planejo em te encontrar para conversar em algum saguão; o lugar pouco me importa, pois me abstêmio de sua prioridade como sabes e torço por sua disponibilidade. _Não sei por onde começar, se te procuro ou se te continuo a escrever, porque sei que certamente meus escritos não teriam a sua resposta e ainda não sei se eu seria bem vindo, acho que desejar a hospitalidade já seria d

Não faz mal

_Seus pés aqui e acolá, se debatendo por alegrias nesse hall, não faz mal! Os meus, de momento não agüentaram, peguei uma pequena cadeira, e fiquei de bobeira vendo você e meus amigos a dançarem e cantarem, e ri como se fosse bobagem. E nesse tempo lembro que tocou Bob Dylan e Led Zeppelin, e por instante os invejei e o instante eu apaguei de si, e voltei a me remarcar, e nostalgiar o conjunto de um ser ou de vários, situações, atitudes, declarações, alvoroços, casos, descasos, até um marca-passo para meu coração; tudo é válido para uma noite sem decoração. _Barulho, orgulho também acompanham a soirée, nossos abraços em conjunto demonstram isto; girando, como um moinho eternizado acompanhando uma tontura acompanhando a ressaca do real. Gosto de figurar, e você porque não continua a encenar? Somos todos artistas por hora e ao seu lado isso seria uma honra!

Outono

_O outono chegou, e consigo a sua benevolência, seria pouca coincidência? Eu posso sentir um pequeno fervor, mais agradável que o reservado inverno, com pequenas rajadas de vento que envoltam seus cabelos fazendo pequenos movimentos como se seus fios negros estivessem uma dosagem de vida, marcando presença como este tapete de folhas que trazem uma grande beleza no nosso caminho, porque você não me arranja um vinho? Sentados a sombra dessa alta arvore poderíamos soluçar por uma necessidade sanguínea; aperte minha mão sinta minha pulsação, a nossa pequena combustão, não solte, pois não vivemos em vão.

Prazo

Todo atrapalhado, desnorteado e pingando lá estava ele a caminhar; escoltado pela densa multidão, e se lembrava seus rotineiros afazeres que sempre estavam agendando por aquela sucçante quarta feira. Passava a este momento por um protesto em frente à Praça Sete, não deu ouvido e continuou a caminhar, não queria dar ouvidos e nem palpites no caminho ou alguma informação para qualquer pessoa. -Porque estou andando tão depressa?- pensou, quando se figurou imóvel perante a um sinal vermelho para pedestres, e o sinal verde o fez continuar, porém com mais calma e com mais vontade de seu dia a dia. E resolveu olhar pela imensidão do céu a azul, trazia a todos a sua grandiosa beleza, mas na vida tudo tem seu preço, e por isso o tempo era escaldante, insuportável, era sol a pino, todavia naquele momento não importava, estava no seu momento zen, estava tranqüilo consigo mesmo, como se seu suor fosse a sua purificação. Não obstante já estava de defronte ao ponto de ônibus, e seguiu a portinhola d

Quelques plaisirs

_Um estalo e um pequeno rabisco, é que o posso fazer com minhas mãos; nela eu contorno seu corpo e consinto um gracioso êxtase. Uma disjunção dos meus dedos se forma e se integram a você. Sei que meu pesar a incomoda, é o meio jeito e o meu pleno feito. Não quero ser de boa índole e muito menos medíocre. Sei que desgostas do meu acre; esta palavra me fez lembrar, mas com jeitinho de letra maiúscula que minha vida é um consentimento de um porto velho -antiquadas embarcações que se negam a ir ao alto mar-. Às vezes sinto que não tenho personalidade, e lá se foi a minha idade e permaneço na minha cidade! _Porque seu olhar é tão perverso? Sua percepção é mais astuta que um grandioso guepardo; sinto-me caçado e agora culpado. O que me relaxa é a minha música, porém me traz fúria... Sua situação me faz lembrar suas abóbadas, abóboras; quero esmagá-las! Assim como meu atual lirismo, o meu pequeno mp3's... Será que somos três? Acho que sempre há uma sombra entre nós, e nesse caminho eu sem

Sentido

Cerrando os olhos, eu reflito e transmito, sentindo o véu e o céu, estes encobrem e consigos se descobre o manto que há decorrer e me padecer! Num ímpeto, gargalhei e pensei, estou ébrio! Oh meu choro destilado, sou desvairado, despreocupado e com um pensamento transmutado. Consenti em abrir minhas pálpebras e me vi envolto de uma lascívia escuridão. Sem contar que meus sentidos aguçaram! Estou envolto de ruídos e brisas, tal como a debilidade noturna ! Pequenos ruídos marítimos insistem em ondular os meus tímpanos, e a pequena fração de vento me contorna me envolta e me consente da minha vertigem. Quero ficar, quero ficar e sempre nesse estado averiguar! Sentir essa areia junto com o fluido do mar e a lua apreciar! Cerra-me sórdido luar, com pequenas resenhas de hedonismo que me fazem alegrar. Não quero consentir, quero pecar e negociar como aquele que um dia se chamou Fausto. Recuperada a razão, me caiu a solidão, sei que meu breve júbilo sempre há de terminar, não importa, tenho q

Désolé

Minha amiga, será que hoje o universo irá caminhar? Sim, creio que sim, pois acho que o planeta não parararia pela encenação de dois figurantes, situação que de fato só pode ser intocado em nossas mentes, como um belo filme que pode ser relembrado quantas vezes quisermos e bastando apenas um pequeno "Display". Não sei, ao certo, se irei te encontrar de novo algum dia... Grave isso não seria, porém sinto um vão... Tento preenche-la em minha mémoria e torço para que o tempo não insista em apagá-la. Já imaginou de quantas coisas não conseguimos lembrar? É chato como apenas as inclinações tolas conseguimos relembrar, como uma vez, ao lado de meu pai - acho que devia ter cinco anos - a noite e na sala, eu perguntava de onde vinham aqueles flashes de luzes que iluminavam a parede; sua resposta foi imediata e cativante: _ É a passagem de um anjo e que consigo traz uma esperença. Infelizmente me tornei cético a religião, nem faço tanta questão. Porém acredito de como as pessoas podem

Escamoso

Um contorno suscetibilizado, sua presença me transpôs, não quero viver no pasmo, e muito menos infantilizado. Não se gabe e nem se ressalve, tenha calma e busque a eufonia. Mera infantaria e nostalgia! O pequeno sermão e agora em antemão, já foi hostilizado por mim, e agora batizado em devaneios confins. Acho que tudo teria um fim. Meu Deus! Como entro em discórdia , a sua imagem já me coube a lembrar e ressalvar, o funcionalismo de suas palavras e atos. De fato, não sei mais se tudo teve um término, ou um pequeno e frutífero início. Diga-me como se sente agora? não te satisfaz uma ida lá fora? Esquecendo tudo o que se foi, porém estaria acorrentado numa forte sina. Meu karma me deixa confuso, tais como estes versos que se tornaram mais confuso e espaçosos depois do fim. Basta olhar para a cima e ver como a tal situação tornou-se mais simples e ampla, e agora transmutada para uma simples prosa, mas que droga! Esta incerteza que me forçou a me mover e tagarelar, não quero atrapalhar; só