Pular para o conteúdo principal

Désolé



  1. Minha amiga, será que hoje o universo irá caminhar? Sim, creio que sim, pois acho que o planeta não parararia pela encenação de dois figurantes, situação que de fato só pode ser intocado em nossas mentes, como um belo filme que pode ser relembrado quantas vezes quisermos e bastando apenas um pequeno "Display".

  2. Não sei, ao certo, se irei te encontrar de novo algum dia... Grave isso não seria, porém sinto um vão... Tento preenche-la em minha mémoria e torço para que o tempo não insista em apagá-la. Já imaginou de quantas coisas não conseguimos lembrar?

  3. É chato como apenas as inclinações tolas conseguimos relembrar, como uma vez, ao lado de meu pai - acho que devia ter cinco anos - a noite e na sala, eu perguntava de onde vinham aqueles flashes de luzes que iluminavam a parede; sua resposta foi imediata e cativante:
  4. _ É a passagem de um anjo e que consigo traz uma esperença.
  5. Infelizmente me tornei cético a religião, nem faço tanta questão. Porém acredito de como as pessoas podem aparecer intuitivamente em nossas vidas; como aquele pequeno jeito que perguntei - "Que horas são?" -, e falei para que você falasse um pouco mais devagar para que a entedesse melhor, e afirmo que te comprendi, como aquela foto que tirei de ti ao por do sol, - seu rosto permaneceu numa pequena caixa de lembrança e você era iluminada de um jeito debilitada, os raios se concentravam em torno dos seus olhos e a periferia do seu rosto me cegava, como o futuro que não consigo enxergar-.
  6. Pasmo em dizer que provalvelmente isto não será lido por ti, justamente por causa de nossos caminhos e de nossas linguas. Por tudo isso devo pagar com minha falta de crença e afirmar que você foi uma santidade passageira.
  7. Não se preucupe, às vezes, observo a parede do meu quarto, tudo isso devido ao meu grande ócio.

Comentários

PaRDaLiTa disse…
Désolé é a palavra.
Até eu fiquei meio désólé depois de ler esse treco!
Beijinhos
Pois é, meu querido, Désolé é a palavra para muitas caminhadas nesse universo de situações...

Postagens mais visitadas deste blog

Moinho

Força de vontade, é que venho demonstrar nessas rasas linhas, para que um post mais inútil? Palavreado tosco e um sujeito que se aparenta quase sempre indeterminado, deformado e ao mesmo tempo mesclado. _Mesclado?_pergunto a mim mesmo. Sim, mixado de idéias , de imagens e de situações, que dispoem a minha pessoa a transgredir, a fixar no meu eu! Um imenso moinho, "c' est moi !", Como a senhorita wikipédia diria (escrevo perante o pc ): "Um moinho é uma instalação destinada à fragmentação ou pulverização de materiais em bruto", material bruto meu caro, cabe a ti transformar essas escórias em pensamentos concretos e na sua reverenda comoção, conquanto transmutam em memórias e sentimentos. Não obstante, volto a citar minha reluta ingratidão de prosseguir com este jogo de conceitos, estou fatigado, a colheita foi desfavorecida pelas condições climáticas, o forte vento e as marés revoltosas foram de desgastar minha mecânica. Agora num ritmo mais lento, me sinto ...

Nascer, foi a chance que a vida me deu.

Deu-se a chance de amar e se perdeu lacrimejando sobre palavras árduas afogadas num rio límpido de fábulas, margeando o momento que se viveu. A vida me deu a chance de amar e a retirou sem a minha permissão e negou, por hora a eu sonhar. Num imbróglio sem simulação. Desistir de amar é se resignar a estar sobre devaneios. Perde-se o direito de dormir e desvanece-se sobre fantasias e sombras de outrora. E assim roga-se por um novo direito, um novo tempero, um apalpe fugaz, até que a vida nos traz e felizes nos faz. Até quando nossa conquista terá efeito? E dá aquela chance, a vida nos dá... e aquela chance que sempre dá, e sempre nos deu. Mas porque retira-se e assim tudo se consome? Deixarei de amar no dia que morrerei, porque a vida não me dará mais nenhuma chance de amar. Neste dia, não poderei mais amar e amar, por fim sonhar e lembrar. E assim vivo perante as chances que a vida me deu. Com sorrisos ou angustias respiro sob o ar de deus.

Decaimento

Esperava ali sentado, naquele pequeno banco que por um momento parecia imenso com sua forma abóbada e esverdeada. Recostado e relaxado, apenas contemplando o meio e refletindo o porquê pensaste naquelas vastas palavras que sua amada o impôs. O forte calor fazia suas ideias dissolverem-se a pó, e entrelaçaram-se com a exarcebada metafísica gasosa e que decerto começaram a putreficar o meio e tão como a sua pequena mente, e logo veio o forte cheiro.-Seria este cheiro um pequeno fruto do inferno?- pensou como se seu odor se confundisse com suas profundas mágoas que se perderam com seus ínfimos devaneios, ou seriam pesadelos? Ele não sabe; há alguns minutos sua mente se tornou estável e imutável. -Deve ser algum pássaro morto, não me lembro de um esgoto a céu aberto- agora, não conseguia mais lembrar o que se passava ou que ele pensava, só lembrava que o forte cheiro o incomodava, porém o alimentava de pensamentos fúteis correlação aquilo e somente aquilo que o incomodava: o forte odor. ...