Sobre as opacas nuvens escondeu-se a aurora nesta manhã. Abalou-se o tempo. Sobre as mãos perante o rosto meus cabelos se umedeciam perante o choro dos céus, deuses do Olímpio que lacrimejaram pela descrença do lirismo e o mitismo, lamentavam. Apesar do céu cinzento ainda indagarei: Seria a paixão para poucos? A rija chuva negou, gotejou e gotejou, lavando o pulmão celeste à procura de um desejo de perdão. Não se pede súplicas, serão parcas as lembranças quando o céu abrir e consentirei: Um novo amor veio à calavo do Olimpo. E assim os deuses proclamam e me agradam.