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Raizes para as minhas pernas.




Cansaço incompatível,
idealismo plausível,
Para que se tornar,
desejar e acariciara nova realidade,
se já tenho certa idade?
Não me falta vaidade
e sinceridade.

Bajulem as pernas,
nessa situação terna,
mas só para quem caminha
e não confina em palavras.
Eu, por exemplo, me devoto
de ditados e de trabalhos;
da boca para esforço,
do consolo para vida,
disse o servo inusitando sua corvéia,
nisso ele tinha plena idéia.

Gerir,
e ao mesmo tempo se ferir,
seria o mesmo que viver,
interpelando o gozo,
para se maldizer.

Meu esforço
às vezes me traz um alvoroço,
e me enfoca como um descuidadoso,
é um embaraço mesclado
de positivismo e de negativismo,
pois cada ferida há uma cicatriz.
É o trabalho arriscado
que me fez cair,
sou o requerido abismado,
ou quem saiba alguém que foi diferenciado;
nisso não sou aprendiz
e muito menos o verdadeiro caráter que condiz.

Um dia folheie um álbum de fotos,
lá estava um pequeno ser,
que pouco sabia,
e poucas coisas conseguia ver,
e uma imaginação que haveria de tecer.
Hoje me olho com um desgosto,
ou talvez com conforto,
é o diferencial humano,
o de colocar qualquer dúvida em jogo,
até os nossos sentimentalismos
e o nosso individualismo;
um dia começou numa amarelinha
pulando-se até o céu.

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