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Mostrando postagens de maio, 2007

Ciclo, parte II

Ressenti o esforço desta pesada caminhada, após uma subida de um longo morro. Dispus-me de um cigarro a apalpar contemplando o que desta maldita ruela ainda faltava a percorrer. Era uma manhã fria com uma densa névoa , na qual meu fumo tinha apenas uma figuração tênue , um dia frívolo e calmo; gosto disso. Tornar-se-ia um simples antiquário, me pondo subitamente de pequenas recordações, porém recusei esta oferta climática, optei-me pela brisa; melhor ainda, escolhi vácuo; um vazio externo, visto que internamente minha mente fruía da minha calma respiração. Fisicamente meu corpo era um sistema fechado, impenetrável. Quando dei por mim, vi que o cigarro tinha apagado; não havia chama, apenas um toco de cinzas que se esfarelava na minha palma... Um passado cinzento, eu pensei, que por minha escolha tornou-se incerto, e que decerto o vento encarregou subitamente de transpor estas escórias. Foi-se feito e assim bastava ser refeito; dizem que viver mais é viver menos; transpirar, abrasar e c

Ciclo

Ciclo, apenas uma maldita cadeia, consiste em transpor continuamente os pontos iniciais e finais. Conquanto a volatilidade de cada volta nos mostra o fenecer e o renascer desse eterno caminho itinerário. Atitudes, pensamentos, a vida burocrática, relacionamentos, posicionamentos, objetos e entre outros, tudo há de amadurecer e transformar. Nos cabe aceitar este mundo de transmutações; mudanças lascivas ou sórdidas, enquandrando -nos. Sua negação causa nostalgia, "e como causa", e quem sabe ao delírio (“negação débil da realidade"), nos fixando falsas esperanças de tornar o passado mais uma vez palpável... Foi assim que surgiu a dor. Acalme-se, vivemos apenas num ciclo, tudo há de sangrar e cicatrizar.

Moinho

Força de vontade, é que venho demonstrar nessas rasas linhas, para que um post mais inútil? Palavreado tosco e um sujeito que se aparenta quase sempre indeterminado, deformado e ao mesmo tempo mesclado. _Mesclado?_pergunto a mim mesmo. Sim, mixado de idéias , de imagens e de situações, que dispoem a minha pessoa a transgredir, a fixar no meu eu! Um imenso moinho, "c' est moi !", Como a senhorita wikipédia diria (escrevo perante o pc ): "Um moinho é uma instalação destinada à fragmentação ou pulverização de materiais em bruto", material bruto meu caro, cabe a ti transformar essas escórias em pensamentos concretos e na sua reverenda comoção, conquanto transmutam em memórias e sentimentos. Não obstante, volto a citar minha reluta ingratidão de prosseguir com este jogo de conceitos, estou fatigado, a colheita foi desfavorecida pelas condições climáticas, o forte vento e as marés revoltosas foram de desgastar minha mecânica. Agora num ritmo mais lento, me sinto