Pular para o conteúdo principal

Me julgue



_Não sei por que menti ou porque me juntei à devassa, talvez por causa do receio e da presente incoerência. Na hora não senti o acaso, porque foi escasso o arrependimento; acho que é lógico, este baque é provido de terror e o faz sentir como se o fosse, acrescentando que você próprio seria o dono da verdade, uma grande mediocridade.
_Afinal, um erro seria tão possível de mudar seus desejos gerando um recuo? Por mais que eu queira mudar algo, tu terias que julgá-lo para fazê-lo transformar. Mas eu o fiz, um sórdido acaso, e agora eu carrego seu chulo descaso. Não peço perdão porque sei que seria em vão, mas ainda planejo em te encontrar para conversar em algum saguão; o lugar pouco me importa, pois me abstêmio de sua prioridade como sabes e torço por sua disponibilidade.
_Não sei por onde começar, se te procuro ou se te continuo a escrever, porque sei que certamente meus escritos não teriam a sua resposta e ainda não sei se eu seria bem vindo, acho que desejar a hospitalidade já seria demais. "Demais", escrevi mais uma vez para ressoar o ecôo - sei que foi demasiado para ti-, e o som do acaso ecoa cada vez que o lembro, e me dói - como se eu o pronunciasse, e seu som batesse com tanta força na parede e voltasse em minha direção como uma onda atroz, todavia, espero que numa certa tentativa, com minha voz, este muro caia e que no outro limiar seria possível presenciar seu sorriso-. O que preciso para tocar seu pavio?
_Me silêncio em palavras, quem sabe amanhã eu consigo um bom álibi...

Comentários

Anônimo disse…
Quando uma pessoa nos julga, essa pessoa tende a ser um pouco menos piedosa do que somos quando julgamos a nós mesmos. Mas quando você pede para a pessoa te julgar, então parece que existe uma consciência plena de tudo aquilo que seria considerado... de tudo aquilo que não seria bem aceito, acho. A impressão que eu tenho é que essa piedade é justamente o que não se quer, já que queres ser julgado...
Kamila disse…
valeu o coments Hermano... uma opinão um tanto quanto poéticoa e ao msm tempo reallista, é sempre bem vinda.

Parabéns por seu talento!
Seus textos revelam a longitude do seu olhar sobre as coisas.

Pq palavras, sentimentos e ações estão além do que se enxerga a olho nú.

grande beijo
marcos assis disse…
que bom que você quis manter contato, velho!

gostei bem desse texto! é de uma sensibilidade muito forte, tocante.
só não gostei tanto do estilo, achei muito rebuscado (você é um cara muito hábil com as palavras)
também, isso é questão de gosto é com certeza é o de menos

a verdade é que eu me indentifiquei muito com isso aqui, e certas coisas como:
"Me silêncio em palavras"
e outras entrelinhas
são marcantes.


grande abraço!!!
marcos assis disse…
ainda bem que você tenta!
assim, posso ter o prazer de ler seus textos!

abraço!
marcos assis disse…
*consegue

Postagens mais visitadas deste blog

Moinho

Força de vontade, é que venho demonstrar nessas rasas linhas, para que um post mais inútil? Palavreado tosco e um sujeito que se aparenta quase sempre indeterminado, deformado e ao mesmo tempo mesclado. _Mesclado?_pergunto a mim mesmo. Sim, mixado de idéias , de imagens e de situações, que dispoem a minha pessoa a transgredir, a fixar no meu eu! Um imenso moinho, "c' est moi !", Como a senhorita wikipédia diria (escrevo perante o pc ): "Um moinho é uma instalação destinada à fragmentação ou pulverização de materiais em bruto", material bruto meu caro, cabe a ti transformar essas escórias em pensamentos concretos e na sua reverenda comoção, conquanto transmutam em memórias e sentimentos. Não obstante, volto a citar minha reluta ingratidão de prosseguir com este jogo de conceitos, estou fatigado, a colheita foi desfavorecida pelas condições climáticas, o forte vento e as marés revoltosas foram de desgastar minha mecânica. Agora num ritmo mais lento, me sinto

Limiar poente

Um, dois, três passos. Assim se afundavam os pés sobre a rubra areia sobre o efeito clareira poente do sol avivente. Caminhada sobre nuances, verde azulado de um mar que reflete cores de um céu chamando o luar. Marcas sobre a terra se viam, as pegadas do ilustre forasteiro. Contornos derradeiros, que se apagavam perante as águas cálidas do mar e riscavam o semblante do plano a transfigurar. Apagou-se a existência escarlate consumindo o âmago diurno. A ausência já era consentida pelo jeito "noir": beira mar, sob um esbranquiçado luar.

Promenade au jardin blanc

Un nomade qui regarde le monde entier comme un tableau qui reste tout Seul dans son couloir au musée, avec des glorieux souvenirs qui reste dans le passé. Une toile qui vient pour un vernissage européen, on dit que se situe au berceau du monde, l'Europe. Quand même un continent riche des histoires et des conquêtes qui ne sont pas les miens. Et ainsi, je me suis baladé sur plusieurs Villes qui font un triste regard sur moi, le voyageur: _Tu ne fais pas partie de ce monde, regarde-toi, sais-toi qu'est-ce que passe dans ton pays? Et je plonge dans la consistance de mon coeur, qui bat avec une certaine indécision, suis-je un émigrants ou un voyageur réfléchissant dehors de mon quartier? Ouais, il est-là, mais je ne peux pas y connaître au moment, mais il ne reste que dans mes souvenirs. En fait, le vieux continent m'a accueillis sur la blancheur de la neige qui fait m'obliger de la chaleur de mon pays et de mon enfance