Cerrando os olhos,
eu reflito e transmito,
sentindo o véu e o céu,
estes encobrem e consigos
se descobre o manto que há
decorrer e me padecer!
Num ímpeto,
gargalhei e pensei,
estou ébrio!
Oh meu choro destilado,
sou desvairado, despreocupado e
com um pensamento transmutado.
Consenti em abrir minhas pálpebras
e me vi envolto de uma lascívia escuridão.
Sem contar que meus sentidos aguçaram!
Estou envolto de ruídos e brisas,
tal como a debilidade noturna!
Pequenos ruídos marítimos
insistem em ondular os meus tímpanos,
e a pequena fração de vento me contorna
me envolta e me consente da minha vertigem.
Quero ficar, quero ficar e sempre nesse estado averiguar!
Sentir essa areia junto com o fluido do mar e a lua apreciar!
Cerra-me sórdido luar,
com pequenas resenhas de hedonismo
que me fazem alegrar.
Não quero consentir,
quero pecar e negociar
como aquele que um dia se chamou Fausto.
Recuperada a razão,
me caiu a solidão,
sei que meu breve júbilo
sempre há de terminar,
não importa,
tenho que terminar de caminhar.
A verdade me incomoda
tal como o sentido da objetividade,
para que serve a polidez?
Ávido pela espontaneidade,
para aquele nego ser sensato.
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