Oi, disse ao lobo, estava de esquina para uma rua movimentada, estranhei de principio, pois imaginei que fosse um cão. A cada passo a frente este animal punha uma pata avançando, e tinha um olhar carismático e o observava de uma forma concentrada, não achava isso taciturno, pois estava acostumado às mais estranhezas noturnas, pensava que fosse efeitos de uma noite distante, e agora devia estar num aspecto de afogo delirante; enxergando um lobo no meio da cidade numa madrugada. O animal, de uma pelagem escura como noite e olhos mel como a lua, representava uma imagem enigmática noturna de como ela poderia ser, ele se mantinha calmo e preservava uma distancia e me seguia à sombra da lua, não fazia barulho e muito menos movimentos bruscos. Resolvi continuar a caminhar, percebi que sua imagem não era muito nítida, tinha uma sensibilidade incrível à claridade, desaparecia sem nenhum chamego, e as escuras se transpunha seus lóbulos oculares alaranjados. Pensei em ignorar tudo aquilo e contin