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Mostrando postagens de junho, 2008

Lobo

Oi, disse ao lobo, estava de esquina para uma rua movimentada, estranhei de principio, pois imaginei que fosse um cão. A cada passo a frente este animal punha uma pata avançando, e tinha um olhar carismático e o observava de uma forma concentrada, não achava isso taciturno, pois estava acostumado às mais estranhezas noturnas, pensava que fosse efeitos de uma noite distante, e agora devia estar num aspecto de afogo delirante; enxergando um lobo no meio da cidade numa madrugada. O animal, de uma pelagem escura como noite e olhos mel como a lua, representava uma imagem enigmática noturna de como ela poderia ser, ele se mantinha calmo e preservava uma distancia e me seguia à sombra da lua, não fazia barulho e muito menos movimentos bruscos. Resolvi continuar a caminhar, percebi que sua imagem não era muito nítida, tinha uma sensibilidade incrível à claridade, desaparecia sem nenhum chamego, e as escuras se transpunha seus lóbulos oculares alaranjados. Pensei em ignorar tudo aquilo e contin

CO2

Presenciei o meu estado cruzando as pernas e apoiando minhas mãos sobre elas, minha postura apontada para o céu como um para raio à busca de luzes, sobre minha nuca, parte delas são refletidas e outras absorvidas como calor, a penetração destas sempre hão de aquecer a minha respiração, com isto abraço o inanimado e minha consciência, resvalando o meu ego, como um cego que se alegra em tocar. Os feixes refletidos levam consigo minha parte putrificada, descarrega meu choro, meu desprazer, meu incomodo do dia- à –dia, assim envolto sempre num carpete mágico evitando que o frio me atinja. Dizem que o mundo sempre foi de ser gélido, porém não é isso que sinto e sim um calor em demasia. A geografia pode se aplicar a isso, como a corrente do golfo que enlaça o atlântico sul e faz seu caminho até o norte transmutando o toque quente para o denso frio, desprendendo calor e bombeando sua vermelhidão para nosso pequeno planeta, isso pode ser considerado como um coração global; o seu infarto congel

Não sei o que é seleto

Hoje me aconteceu algo que me fez refletir um pouco, fato que deixariam muitos frustrados, porém me deixou entusiasmado pelo ato; olhar de um certo jeito como nunca olhei. Você sempre acaba ofuscando algumas coisas, não notando, e acaba não preservando e aproveitando, muitas vezes aquilo se passa e você nem percebeu ou nem se quer lembrou que alguma coisa aconteceu. Encenar, acho que isso que não vale a pena, o mais engraçado que falei um tanto que não significou nada, nada para quem leia, como se eu enchesse palavras e mais palavras e não levasse se quer uma pequena compreensão ou algo de entusiasmaste. Porém são assim as coisas que são tocadas, vistas, conversadas a gosto variado, muitas vezes até esquecidas. Eu sempre pensei que nosso cérebro fosse sempre seleto, relatando o que foi mais significativo podendo ser uma coisa benéfica ou não, tão significativo que não pode ser lembrada por outra pessoa com o passar do tempo. Tudo é relativo, nem sempre me lembro de gestos que acontecer

Rochas

Paralelepípedo, identificado do pelo aspecto urbano, ríspido e pouco calorífico, não tanto como seu vizinho asfalto. Se nega ter um formato específico, contudo sempre foi de ser um tetraedro. Simples como a rima que termina sempre neste CírcO. Mármore, sempre ramificado como uma árvore, nunca transmitido a peça chave, sempre frívolo todavia nos envolta numa tranqüilidade. Ah! Como ele faz um equinócio, e um pouco de riqueza, para nossa liberdade. Se nega ser viscoso e jocoso, sempre poderoso e vitalício, como o vício do convívio. Pedra pomes, sempre foi de ser asco, leviana; sempre flutuando perante a água. Expelido com ardor nunca foi de ser cristalina, e sim como uma rude rocha ígnea. Sua utilidade: Esfolar os pés! Não sei por que todos têm cisma sobre o ouro, a prata sempre foi meu consolo, sempre apóia meu colo e seu entorno me anima na hora do almoço, talheres transmutados em compassos para majestosos. Rochas, para nossas vidas espaçosas, podem não ser pedregulhos que incomodam e

Poema resoluto

Seu pequeno olhar, me pasma em pensar que tu és uma parte de meu ser. seus conhecidos te completam, assim como seus atos me sustentam. Por exemplo, um gesto que te envolta me reflete apenas com suas palavras! É como se vivêssemos numa verdadeira torta, cercados de ingredientes e com recheios de diferentes gostos. Chocolate com amora, e agora porque ficaste? Nosso linguajar é um fato a degustar, não como arremessar ovos podres a quem não gostamos, escolhendo nossa própria receita, não me venha com desfeita. Me entorne numa jarra, como num afogo para quem chore, não me ignore neste rio de fortes correntezas. Há quem assuste ou faça um pequeno ajuste; porém no final sempre há quem deguste. Não sei dizer porque a obscuridade, me conduz numa vaidade; me falta sempre uma espontaneidade. Nestas poucas supresas, fui de tratá-las sem naturalidade, talvez por causas das penumbras em que transitei. Falaste em crepúsculos, apenas olhei para o espaço avermelhado. Nunca gostei desta cor, porque me f