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Limiar poente

Um, dois, três passos. Assim se afundavam os pés sobre a rubra areia sobre o efeito clareira poente do sol avivente. Caminhada sobre nuances, verde azulado de um mar que reflete cores de um céu chamando o luar. Marcas sobre a terra se viam, as pegadas do ilustre forasteiro. Contornos derradeiros, que se apagavam perante as águas cálidas do mar e riscavam o semblante do plano a transfigurar. Apagou-se a existência escarlate consumindo o âmago diurno. A ausência já era consentida pelo jeito "noir": beira mar, sob um esbranquiçado luar.
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Nascer, foi a chance que a vida me deu.

Deu-se a chance de amar e se perdeu lacrimejando sobre palavras árduas afogadas num rio límpido de fábulas, margeando o momento que se viveu. A vida me deu a chance de amar e a retirou sem a minha permissão e negou, por hora a eu sonhar. Num imbróglio sem simulação. Desistir de amar é se resignar a estar sobre devaneios. Perde-se o direito de dormir e desvanece-se sobre fantasias e sombras de outrora. E assim roga-se por um novo direito, um novo tempero, um apalpe fugaz, até que a vida nos traz e felizes nos faz. Até quando nossa conquista terá efeito? E dá aquela chance, a vida nos dá... e aquela chance que sempre dá, e sempre nos deu. Mas porque retira-se e assim tudo se consome? Deixarei de amar no dia que morrerei, porque a vida não me dará mais nenhuma chance de amar. Neste dia, não poderei mais amar e amar, por fim sonhar e lembrar. E assim vivo perante as chances que a vida me deu. Com sorrisos ou angustias respiro sob o ar de deus.

Por favor, não pergunte meu nome

O ar caminhava sob as narinas lentamente, assim fazia seu percurso de uma forma mais vagarosa, dirigindo-se pela cavidade bucal e desembocando sobre seus alvéolos pulmonares, numa dança ritmada e mais terna que davam o seu espírito um estado ébrio de um sono longínquo. A realidade já se misturava em figuras místicas, não sabia de onde vinha e o que ocorria... apenas sabia que vivia aquele momento ilusório, o seu sonho. Nas primeiras horas o seu torpor era conduzindo para o Caos, que era um estado primordial do mundo primitivo ou quem sabe o seu subconsciente que começava se apoderar de uma pequena aquarela, que sob uma vaga forma, indefinível, indescritível criava um belo cenário ou ecos que se confundiam os princípios de todos os seres particulares. Sentiu uma forte presença solar sobre seu pálido rosto. Seus olhos que se machucaram ao se abrirem notaram que se encontravam no limiar de uma falésia, a adiante um grande tom azulado que se confundia o céu e o mar num ponto ínfimo do hori

Promenade au jardin blanc

Un nomade qui regarde le monde entier comme un tableau qui reste tout Seul dans son couloir au musée, avec des glorieux souvenirs qui reste dans le passé. Une toile qui vient pour un vernissage européen, on dit que se situe au berceau du monde, l'Europe. Quand même un continent riche des histoires et des conquêtes qui ne sont pas les miens. Et ainsi, je me suis baladé sur plusieurs Villes qui font un triste regard sur moi, le voyageur: _Tu ne fais pas partie de ce monde, regarde-toi, sais-toi qu'est-ce que passe dans ton pays? Et je plonge dans la consistance de mon coeur, qui bat avec une certaine indécision, suis-je un émigrants ou un voyageur réfléchissant dehors de mon quartier? Ouais, il est-là, mais je ne peux pas y connaître au moment, mais il ne reste que dans mes souvenirs. En fait, le vieux continent m'a accueillis sur la blancheur de la neige qui fait m'obliger de la chaleur de mon pays et de mon enfance

Amores de Olimpo

Sobre as opacas nuvens escondeu-se a aurora nesta manhã. Abalou-se o tempo. Sobre as mãos perante o rosto meus cabelos se umedeciam perante o choro dos céus, deuses do Olímpio que lacrimejaram pela descrença do lirismo e o mitismo, lamentavam. Apesar do céu cinzento ainda indagarei: Seria a paixão para poucos? A rija chuva negou, gotejou e gotejou, lavando o pulmão celeste à procura de um desejo de perdão. Não se pede súplicas, serão parcas as lembranças quando o céu abrir e consentirei: Um novo amor veio à calavo do Olimpo. E assim os deuses proclamam e me agradam.

Eram verdes de oliva.

Difamou sobre os ruídos e fez-se eco: “Sabe as pessoas olham nos olhos”. Cambaleante, olhei para os tais: Eram verdes de oliva, disfarçados pela midríase, languida vigília. As cores eram encobertas pela lascívia cegueira, pouco se via e apenas se ouvia. Escutavam-se alguns transeuntes, talvez dissentes, se esboroavam em brados perante a lírica dispersa sob lampejos travessos e dançantes, palavras – dançamos. Frases sob sossego – nos calamos. Um passe aqui e acolá, eram verdes de oliva sob a noite escura sem lua e sabiá.

Olhos, somente nos sonhos

Existe um lago em que meus olhos se apaixonam por seu ilustrado entorno. Sob raios definhados, extinguiu-se a cor verde do sonho. E no desperte contemplo a parca Iluminação emancipada do luar, E assim minha lírica caiu no sonhar. Não consigo ler na realidade translúcida. Preciso de luz e que alguém me conduz, até meu adocicado leito para que adormeça e volte a enxergar a pequena porção d´água sobre os meus pés, e meu ensejo se produz. Meu sorriso se abre e também o seu, já consigo te entrever ao meu lado, no Oasis de pensamentos errantes. Não quero levantar e nem vagar, sentado! Assim quero ficar e esperar até a noite chegar.

Eu vos agradeço

O vento sul que trouxe o inverno tocou o seu rosto num ambiente ermo, noturno e carreando rente ao mar os sussurros lentos e serenos. Chegou-se até seu o espírito a doce precipitação que fazia contraste com a sua origem, uma turbulenta sonata. Em idéias se embriagava, e a dose o fez cair em num sonoro torpor. Sentiu um vazio e um pouco de louvor. Agradecia o momento, e aquele presente. Agradecia a salgada água sobre os pés. Agradecia o pomposo tateio fluidificado. Sentado agradecia imobilizado e petrificado. O puro ar se transparecia em seu rosto, se condensava e se apresentava como seu próprio choro e o apossava de si, e se tornou assim, fruto deste confim.